Em Londres, no ano de 1666, ocorreu uma tragédia de grandes dimensões que destruiu em meados do século XVII, grande parte da capital inglesa, constituída na sua maioria por habitações em madeira, assinala o início da atividade da peritagem e regularização de sinistros, conhecida internacionalmente como “Loss Adjusting”.
Rezam as crónicas da altura, que a carga térmica terá sido de tal forma elevada, que a bola de chumbo que encimava a “St. Paul’s Cathedral”, derreteu.
Após esta catástrofe, ganhou-se consciência da importância da criação de instituições que pudessem de alguma forma assumir riscos, tal como o de fogo. Estava encontrado o conceito de “Seguro”.
Após a fase inicial de elaboração, e génese dos conceitos aplicados de Seguradora, Segurado, Riscos e Sinistro, verificou-se, muito rapidamente, a necessidade de encontrar figuras de carácter idóneo e conhecimentos culturais acima da média, aquando se tratava de determinar prejuízos para efeitos de liquidações de sinistros.
Encontram-se, assim em Inglaterra, em finais do Século XVII e início de XVIII as companhias de Seguros a utilizarem sacerdotes na efetivação daquilo que poderíamos designar hoje por trabalhos de averiguação e determinação de danos, procura esta de acordo com os dizeres de legenda heráldica da Associação de Peritos Inglesa dos nossos dias, onde as palavras de princípio são a Verdade e a Equidade.
Refira-se que, em 1765 existiam em Inglaterra cerca de 10 companhias seguradoras de carácter bastante familiar, porém, no que diz respeito à peritagem sempre foi apanágio destas, a não utilização dos seus próprios funcionários na regulação dos sinistros, o que conduziu a que, em meados do século XIX, existissem já cerca de quatro firmas de peritos independentes, devidamente organizadas.
Após a 2ª Guerra Mundial, e na sequência dos bombardeamentos e destruições registadas, o Governo Britânico solicitou aos peritos de então que se organizassem numa Associação, Associação esta fundada em 1941 com o nome de “Association of Fire Loss Adjuster”. Esta Associação deveria proceder à regulação dos sinistros ocasionados pelos bombardeamentos, sendo as respetivas indemnizações pagas, não pelas seguradoras, mas sim pelo Governo Britânico ao abrigo de linhas económicas de apoio à reconstrução europeia e que viriam a ficar conhecidas na história como Plano Marshall.
Estava assim fundada, com apenas 20 membros, a mais antiga Associação de Peritos do Mundo, ou seja, a CILA, que nos dias de hoje congrega 1400 membros efetivos, para além de 2600 aspirantes.
Nos restantes países da Europa, incluindo Portugal, a evolução foi mais tardia registando-se o aparecimento de firmas organizadas de peritagem, sobretudo ligadas a transportes em finais do século XIX e já no século XX, embora com características diferentes de país para país.
A título de exemplo, em Itália a partir do ano letivo de 1921, através do Dr. Eng.º Doube Depanello, ele próprio também perito requisitado pelas Seguradoras, começou a ser lecionado em curso próprio, a “Técnica de Peritagem”, tal como hoje a entendemos, sobretudo nas áreas relacionadas com a Engenharia, no Instituto Politécnico de Milão, curso este que se mantém até aos nossos dias.
Mas é sobretudo a partir da 2ª Guerra Mundial, com o desenvolvimento das Companhias Seguradoras, que começam a surgir empresas de peritagem a funcionar nos moldes atuais.
Em Portugal, não existem muitos elementos que nos permitam efetuar uma retrospetiva profunda, porém, é a partir da 2ª Guerra e na sequência do crescente procedimento de entrega de trabalhos fora das Seguradoras a técnicos independentes, que se assiste ao proliferamento de peritos e ao consequente aparecimento de empresas de peritagem, algumas de dimensão nacional, acompanhando inclusivamente a internacionalização que se faz sentir nesta atividade, decorrente da associação a outras empresas estrangeiras de dimensão multinacional.
Em construção volte mais tarde…………………………………
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