História dos Seguros em Portugal — 2011 – 2020

2011

Victoria

A Asefa manteve a marca Victoria, que está em Portugal desde 1930. Em comunicado, o segundo maior grupo segurador alemão, anunciou um acordo de venda da Victoria Internacional de Portugal, proprietária da Victoria Seguros e da Victoria Seguros de Vida, ao grupo francês que em Portugal e Espanha se tem dedicado aos seguros, à construção e ao imobiliário. Segundo o comunicado, “a decisão de venda da sua operação em Portugal pelo Grupo Ergo segue a decisão estratégica de concentrar o desenvolvimento dos seus negócios internacionais na Europa do Leste e Ásia”.

Pelo lado do comprador, a aquisição da Victoria “enquadra-se na estratégia de crescimento e diversificação do grupo francês SMABTP e da sua afiliada Asefa”. Bernard Millequant, diretor geral do Grupo SMABTP, diz no comunicado que: “O nosso objetivo principal é o crescimento sustentável e rentável a longo prazo. Acreditamos que o conseguiremos alcançar com o know-how da Victoria e a capacidade técnica internacional do nosso Grupo.”

O objetivo do grupo francês é manter a estrutura, o modelo de negócio e a rede de delegações da Victoria. Esta companhia, em 2010, tinha um volume de negócios de 152 milhões de euros, cerca de 300 colaboradores e 21 delegações. Com a compra da Victoria, o grupo francês passa assim, a ter uma rede própria em Portugal. Até agora, a Asefa apenas funcionava com rede de mediadores.

2014

mapfre.cosec

A Mapfre Seguros e a Cosec, estabeleceram um acordo de cooperação que incluiu a transferência de carteira do ramo de crédito da Mapfre — Seguros Gerais para a Cosec — Companhia de Seguro de Créditos, e a participação da rede de distribuição da Mapfre na comercialização dos produtos de crédito da Cosec“.

Num anúncio publicado na imprensa em 24 de Setembro de 2014, a AdC informava ter recebido dia 17 de Setembro, uma notificação prévia do controlo exclusivo da seguradora de créditos Cosec, detida pelo BPI e pela Euler Hermes, sobre os ativos do ramo de seguros de crédito da Mapfre.

fidel

Com a privatização da Fidelidade, os chineses passaram a  controlar 30% do mercado segurador português. A Caixa Geral de Depósitos reduziu para 15% a sua participação na Fidelidade, na Multicare e na Cares. Esta decisão, aconteceu no dia 17 de Janeiro de 2014, passando o grupo chinês, a controlar cerca de 30% do mercado segurador português. Além de passar a ser o maior operador de seguros em Portugal, a Fosun fica dona da maior companhia portuguesa, a Fidelidade, cuja quota de mercado global há altura, era superior a 26% (no final de Setembro de 2013). Além dos 80% que adquiriu nesta seguradora, o grupo chinês ficou com 80% da seguradora de saúde Multicare e da companhia de assistência em viagem Cares.

Com a privatização da Caixa Seguros, a CGD reduz a sua participação nas três seguradoras a 15%. A compra da Caixa Seguros pela Fosun, foi “financiada com fundos próprios”, tendo o vencedor da privatização, dado garantias de ter uma capacidade financeira equivalente a 150% do valor oferecido.   A chinesa Fosun, pagou 1 bilhão de euros por 80% das três companhias de seguros (Fidelidade, Multicare e Cares), mas o encaixe total da operação será de 1.26 bilhões, tendo em conta que ainda serão vendidos mais 5% das três companhias aos seus trabalhadores, e que houve uma distribuição de dividendos ainda em 2013, feita através de uma redução de capital da Fidelidade.

O Novo Banco informou em 16 Setembro de 2014, em  comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), ter chegado a acordo com o fundo de investimento Apollo Management, para a venda da Companhia de Seguros Tranquilidade S.A.

O valor da operação não foi revelado, mas o Jornal de Negócios avançou que a Apollo, pagaria 44 milhões de euros  comprometendo-se ainda, a injetar 150 milhões de euros na seguradora. A transação negociada com a Apollo, foi  acompanhada há altura, pelo Instituto de Seguros de Portugal.

2015

ASF-refeito.final

O Decreto-Lei n.º 1/2015 de 6 de Janeiro,  veio alterar  o anterior ISP  para Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), entrando em vigor  a 1 de Fevereiro de  2015.

O regulador dos seguros, passou a ter tem novos estatutos para reforçar a sua  independência económica. Os estatutos da entidade liderada por José Almaça, foram alterados com o objetivo de se conseguir uma maior independência e de os adaptar à legislação europeia. Também o regime de incompatibilidades ficou mais exigente. Os membros do conselho de administração da ASF que terminem o mandato, “não podem estabelecer qualquer vínculo ou relação contratual com as empresas, grupos de empresas ou outras entidades destinatárias da atividade da ASF”, de acordo com o decreto-Lei. Têm, no entanto, direito a receber uma compensação equivalente à metade do vencimento mensal, caso não tenham qualquer atividade remunerada ou pensão após a saída da ASF.

Outra das mudanças, foi o facto dos mandatos dos membros do conselho de administração ficarem mais longos, situando-se em seis anos, mas deixando de ser renováveis. Estas foram algumas das alterações, com o objetivo de tornar a ASF mais independente.

“O reforço da independência operacional, manifesta-se no novo regime de recrutamento e de duração do mandato dos membros do conselho de administração. Também no aprofundamento do sistema de incompatibilidades e impedimentos aplicáveis aos membros do conselho de administração e da comissão de fiscalização, aos titulares de cargos de direção e restantes trabalhadores da ASF”, refere o decreto-Lei publicado.

A independência do regulador, ficará também garantida com uma menor intervenção do Governo: “O Governo não pode dirigir recomendações ou emitir diretivas ao conselho de administração da ASF sobre a sua atividade reguladora, nem sobre as prioridades a adotar na respetiva prossecução”.

As alterações nos estatutos, permitem ainda à ASF integrar a rede europeia de reguladores. “Importa refletir nos estatutos da ASF este novo enquadramento europeu, que exige, para além do papel que as autoridades de supervisão nacionais desempenham na rede integrada a nível da União Europeia, que as mesmas intervenham diretamente no órgão de direção das Autoridades Europeias de Supervisão (o Conselho de Supervisores) e participem nos trabalhos dos comités e estruturas criadas no âmbito destas autoridades”.

ocidental.medis

Ainda neste ano o Millennium BCP vendeu a participação de 49%, que detinha nas seguradoras Ocidental e Médis, ao grupo belga Ageas por um valor base de 122,5 milhões de euros. Nesta joint-venture, a Ageas detinha 51% e passará assim, a ter 100% do capital das duas seguradoras.  O impacto da transação foi de 72 milhões de euros,  calculou o Millennium BCP.

A decisão do Millennium foi tomada no âmbito “do processo de reenfoque nas atividades core, definido como prioritário no Plano Estratégico”, informou a instituição bancária. O preço base de 122,5 milhões de euros, está “sujeito a ajustamento dependente da performance evidenciada no médio prazo”. A Ocidental e a Médis registaram lucros de 12 milhões de euros em 2013, e um volume de prémios bruto de 251 milhões de euros. O banco, acordou com a Ageas a distribuição de um capital excedentário no valor de 290 milhões de euros.

O Millennium BCP diz ainda que, vai continuar a distribuir seguros do ramo não vida da Ocidental e da Médis, em paralelo com outros canais de distribuição — bancários e não bancários.

“A libertação de capital atualmente afeto a atividades fora do core business permitirá reforçar o apoio à economia, dando seguimento à estratégia que tem vindo a ser implementada”, referiu a instituição.

O Sr. Bart De Smet, presidente executivo da Ageas, declarou que a operação “respondeu a vários objetivos do grupo segurador, fundado há 190 anos.”  “Portugal é um mercado que conhecemos bem e que se caracteriza por taxas de penetração ainda fracas. Com o nosso histórico de rácios combinados pouco elevados, estamos convencidos de que este mercado representa uma oportunidade promissora para o nosso grupo”, disse, citado pela Reuters. O Millennium BCP mantém-se como “parceiro de distribuição” de seguros não-vida, acrescentou.

2016

acoreana

Em 8 de Março de 2016, foi assinado o acordo de compra da Açoreana pela Apollo / Tranquilidade. A operação esteve sujeita à aprovação pelas autoridades nacionais e internacionais. A Apollo confirmou, assim, a aposta no desenvolvimento de projetos de médio/longo prazo em Portugal, e a vontade de ser uma líder no mercado segurador português, pois a junção das duas seguradoras  fizeram com que a quota de mercado levasse a que este fundo passasse a ser o segundo  operador do mercado. A compra da seguradora Açoreana, considerou  ainda a capitalização da seguradora do antigo Banif, mas os valores não foram divulgados na altura.

O processo de venda da Açoreana, detida em 52% pela SOIL (da família Roque) e em 48% pelo Oitante (veículo do Fundo de Resolução), teve lugar com a assessoria financeira do Citigroup.

Duas semanas, antes a Apollo foi selecionada para iniciar negociações exclusivas para a compra da Açoreana. Além da Apollo, esteve na corrida a seguradora portuguesa Caravela, liderada à altura por Diamantino Marques. Existia ainda um terceiro concorrente, o grupo Allianz, que estava interessado apenas na carteira da Açoreana, pelo que só seria chamado às negociações em último recurso. O supervisor pretendia que a venda da Açoreana assegurasse a continuidade da empresa e dos seus postos de trabalho.

O objetivo final da Apollo era integrar a Açoreana na Tranquilidade, mantendo a marca da companhia fundada em 1892. A proposta da Apollo não excluia rescisões, no processo de fusão, mas defendia que a terem lugar seria no âmbito de uma estratégia que se assumisse como de valorização da companhia. Com a compra da Açoreana, a Apollo passou a ser o segundo ‘player’ nos seguros em Portugal, em volume de prémios, atrás apenas da líder Fidelidade.

O Grupo segurador belga Ageas, anunciou estar em “negociações exclusivas” para a compra  por 190,8 milhões de euros, da congénere Axa Portugal.

Em comunicado, a Ageas — que já detinha em Portugal o negócio não vida da Ocidental e tinha uma parceria com o BCP para a área vida — destacou que a concretização do negócio elevaria o grupo da atual 6.ª para a 2.ª posição no ‘ranking’ das operações não vida em Portugal, com uma quota de mercado de 14,4%.

Esta aquisição seria um importante marco no desenvolvimento das atividades da Ageas em Portugal e aceleraria uma mudança no ‘mix’ do negócio com o fortalecimento do ramo não vida, em linha com a estratégia da Ageas para crescer mais nesse segmento e, ao mesmo tempo, permitiria o acesso a uma plataforma direta de vendas na Internet”.

Por outro lado, acrescentou, “esta transação fortaleceria a posição da Ageas em Portugal, que é um dos mercados alvo da empresa, especialmente no segmento não vida, e complementaria as atividades da Ageas, alargando o seu raio de ação além do atual foco nos seguros bancários”.

Esta transação ficou concluída em 2016.

Mas quem é a AGEAS?

A Ageas é uma empresa seguradora multinacional sediada em Bruxelas, Bélgica, e em Ultreque, Países Baixos. A Ageas é a maior seguradora da Bélgica, operando em 14 países diferentes. A empresa foi rebatizada a partir do nome Fortis Holding em Abril de 2010, e compreende as atividades de seguros que ficaram depois da cisão e da venda do grupo de serviços financeiros Fortis, durante a crise financeira de 2008 e 2009. Está cotada nas bolsas Euronext Bruxelas, Amesterdão e no Luxemburgo e integra o principal índice da Bélgica BEL.20.

Marca Groupama Seguros sai de Portugal  vendendo a sua participação em Portugal a grupo chinês.

A Chinesa  Tianying, na área de tratamento de resíduos, a 22 de Setembro comprou  todo o negócio que a francesa Groupama tinha em Portugal. Não tendo sido revelados os valores do negócio.

A Groupama saiu de Portugal. A empresa francesa alienou o seu negócio em Portugal à empresa Chinesa Tianying, tanto no ramo vida como na área não vida.

A informação da transação, que havia sido adiantada no Jornal Económico, foi confirmada pela assessoria de imprensa da Garrigues, que assessorou a Groupama na venda. O negócio ficou fechado a 22 de Setembro.

A  seguradora francesa Groupama S.A. vendeu a totalidade da sua unidade de negócio em Portugal (ramos vida e não-vida) — por via da transmissão de 100% do capital social da Groupama Seguros de Vida, S.A. — à subsidiária portuguesa da China Tianying”.  O grupo segurador francês estava em Portugal através da Groupama Seguros de Vida.

A área de vida contava com 48 trabalhadores, tendo 41 funcionários no ramo não vida. O presidente da administração é atualmente Charles Girouliere, sendo que o administrador-delegado em Portugal é João de Quintanilha e Mendonça.

A Groupama Vida tem uma quota de mercado de 0,92% em Portugal, ao passo que o ramo não vida fica-se por uma quota de 0,23%, de acordo com os dados da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

A seguradora Groupama Seguros, comprada em fevereiro 2018 pela China Tianying passou a chamar-se Una, sendo plataforma de expansão na Europa e lusofonia.

A Una, entidade nascida com a entrada de capital chinês, foi apresentada em 17 de outubro de 2018. O novo logótipo é branco e laranja. Muda o nome, a imagem e a ambição. A nova seguradora pretende ser um grupo internacional.

Em fevereiro, a Tianying formalizou a compra da Groupama. O grupo chinês a atuar na gestão de resíduos também está em Portugal via entrada nos capitais da Suma, após a aquisição da espanhola Urbaser. Sem experiência nos seguros, tem na administração Michael Lee, ex-administrador da Fosun, a dona da Fidelidade.

Este refere “Vamos fazer crescer a Una. Não só em Portugal, mas também em países de língua portuguesa em África, na América do Sul. Queremos usar a Una como plataforma para crescermos noutros países”, diz o administrador ao Dinheiro Vivo, referindo a vontade do CNTY de comprar seguradoras sempre que houver oportunidade. Em Portugal, no resto da Europa, e em países como Angola, Moçambique ou Brasil “– onde Lee se tem deslocado frequentemente. “Pode haver algumas sinergias com outras empresas europeias”, admite o administrador. Guo Guangchang, não enjeita futuras aproximações à Fidelidade ou outras entidades do sector financeiro português.

2018

A compra do Montepio Seguros pelo chinês CEFC, terminou por falta de informação.

A ASF rejeitou a entrada do grupo chinês no Montepio Seguros. O presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros, informou que terminou o processo de compra do Montepio Seguros pelo grupo chinês CEFC, porque não foram preenchidos os requisitos, nomeadamente por não ter conseguido recolher informação junto de outros reguladores.

A entrada no capital do Montepio não preencheu todos os requisitos que são exigidos nos termos do regime jurídico da atividade seguradora.

O Conselho de Administração da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), em reunião realizada no dia 10 de maio 2018, deliberou “considerar não instruída a comunicação prévia, da CEFC China Energy Company Limited, e do Shanghai Huaxin Group (Hong Kong) Limited, para aquisição de participação qualificada na Montepio Seguros.

O jornal Público de 14 de maio noticiou que a Associação Mutualista Montepio Geral aumentou com 30 milhões de euros o capital da Lusitânia Seguros, um reforço de capital imposto pela ASF.

 No final do ano passado, o grupo chinês CEFC anunciou um acordo para comprar os seguros do grupo Montepio, indicando ainda que iria passar a sede dos seus negócios financeiros para Portugal. O acordo previa que o grupo CEFC passasse a deter uma posição maioritária no Montepio Seguros (a ‘holding’ da Associação Mutualista Montepio Geral que detém as seguradoras do grupo Montepio, a Lusitânia e N Seguros), passando a controlá-lo. A Associação Mutualista Montepio geral manteria uma participação, mas minoritária. A CEFC China Energy é um grupo privado chinês, que atua sobretudo na área da energia, mas que tem também interesses nos serviços financeiros.

O grupo está a atravessar uma crise, suscitada pelo desaparecimento do seu presidente e o fracasso do negócio para comprar 14,16% da petrolífera russa Rosneft. As agências de ‘rating’ chinesas reduziram a classificação do crédito da empresa para nível “lixo”.

Ye, fundador e presidente da empresa, está desaparecido desde março 2018 passado, quando começou a ser investigado pelas autoridades chinesas por suspeita de crime económico.

2019

A venda da Tranquilidade foi finalmente fechada em 18 de Julho de 2019. 

A Generali deixou para trás os espanhóis da Catalana Occidente, alem de outros interessados como a  Mapfre, Ageas, Zurich e a Allianz.

O negócio foi de 600 milhões a Seguradoras Unidas por 510 milhões de euros e a AdvanceCare por 90 milhões de euros. A aquisição dos dois ativos segue a estratégia do grupo segurador italiano para crescer no continente europeu.

A Generali depois de alguns anos de indecisão onde constou no mercado que esteve em cima da mesa a venda do negócio em Portugal (à semelhança do que foi feito em outros países), o Grupo Generali, com operação em Portugal desde 1942, resolveu a sua opção estratégica adquirindo ao fundo Apollo as Seguradoras Unidas. Destaque-se que as Seguradora Unidas integram, entre outros, a carteira da Tranquilidade/Açoreana. Adicionalmente, o grupo Generali adquiriu a AdvanceCare que se junta a uma outra aquisição recente, a Europ Assistence.

Recorde-se que a Tranquilidade foi vendida ao grupo Apollo após o colapso do grupo GES /BES.

A transação, confirmada tanto pela Generali como pela Apollo, “ocorre num momento natural da evolução da Seguradoras Unidas e da AdvanceCare e reflete o trabalho desenvolvido por todos os colaboradores e parceiros” refere a Apollo, que comprou a Tranquilidade em 2015 ao Novo Banco, por 40 milhões de euros, embora tenha tido de injetar 150 milhões para aumentar o capital da seguradora.

A Seguradoras Unidas, que juntou a Tranquilidade (ex-BES), e a Açoreana (ex-Banif) e Logo, obteve, no último ano, um lucro de 50,6 milhões de euros.

O fundo norte-americano pretendia obter entre 500 a 600 milhões de euros, tendo acabado por conseguir o valor máximo fruto do apetite que este negócio gerou. É ainda muito importante não esquecer que falta ainda  referir que temos de adicionar á Seguradoras Unidas e Advance Care que se junta a uma outra aquisição recente, a Europ Assistence,  assim a Generali em Portugal passa a ter uma quota de mercado total  de 18,7%, tornando-se o segundo maior grupo segurador em Portugal nos ramos não vida.

Segundo o CEO da Generali, Jaime Anchústegui Melgarejo “Estas aquisições representam um passo importante na implementação da estratégia de três anos do grupo que tem como objetivo reforçar a liderança na Europa.”

A Caravela — Companhia de Seguros S.A.  em julho de 2019 chegou a acordo com o Toscafund Asset Management LLP,  passando assim esta a integrar o quadro acionista da Caravela, através de uma operação de aumento de capital e aquisição de ações a acionistas existentes, atingindo uma participação de 48% do capital.

Com sede em Londres, o Toscafund é um private equity com um portfólio de ativos de mais de 3,5 mil milhões de dólares de ativos sob gestão, tendo-se estabelecido como um dos principais investidores europeus no setor de serviços financeiros. Este investimento adequa-se à sua estratégia de apoiar empresas em crescimento, beneficiando da disrupção de mercado provocada pela tecnologia assim como, na sua experiência substancial em apoiar empreendedores de sucesso a expandir ainda mais os seus negócios.

Com este reforço acionista, a atual equipa de gestão poderá continuar o trajeto de crescimento já realizado, tendo mais meios para melhorar as capacidades digitais da Caravela em toda a cadeia de valor dos seguros, permitindo igualmente intensificar o relacionamento da Caravela com a sua rede de mediação especializada e profissional, encontrando no desenvolvimento de recursos humanos, tecnológicos e digitais, os alicerces para enfrentar os desafios atuais e futuros.

Sobre o Toscafund Asset Management:

O Toscafund Asset Management LLP é uma empresa de gestão de investimentos baseada em Londres, com mais de US $3,5 mil milhões de ativos sob gestão. A empresa foi fundada em 2000 por Martin Hughes e estabeleceu-se como um dos principais investidores da Europa no setor de serviços financeiros tanto nos mercados públicos como privados. Juntamente com o Tosca, o fundo privado de investimento global, os outros fundos da empresa incluem investimentos de longo prazo, pequenas e médias empresas do Reino Unido, crédito privado e gestão de imóveis comerciais.

O Toscafund tem um longo histórico de apoio e disponibilização de capital de crescimento para empresas privadas, dos quais se podem realçar os investimentos em empresas de serviços financeiros como o Aldermore Bank, o Hoist, o Atom Bank, o OakNorth, o Esure, o Plurimi Wealth e o LIQID.