1125
Aos catorze anos de idade, no ano de 1125 o jovem Afonso Henriques, com o apoio da nobreza portuguesa da época, arma-se a si próprio cavaleiro, segundo o costume dos reis, tornando-se assim guerreiro independente. A posição de favoritismo em relação aos nobres galegos e a indiferença para com os fidalgos e eclesiásticos portucalenses por parte de sua mãe, D. Teresa, originou a revolta destes, sob chefia do seu filho, D. Afonso Henriques.
1126
Os Templários influenciaram decididamente não só o nascimento de Portugal, como tiveram um papel determinante nos séculos seguintes. Já em 1126 eles estavam na Península, mais exactamente nas terras da antiga Lusitânia, recebendo à época, a doação dos terrenos da Fonte Arcada, por Dona Teresa, mãe de Afonso Henriques, sendo seu mestre Guilherme Ricardo. Dona Teresa, na época também lhes doou o castelo de Soure como primeiro fasto da Ordem.
1128
A luta entre D. Afonso Henriques e sua mãe desenrola-se, até que a 24 de Junho de 1128 trava–se a batalha de São Mamede (em Guimarães), e D. Teresa é expulsa da terra que dirigia há 15 anos. Uma vez vencida, D. Afonso Henriques tomou conta do condado, declarando o reino independente, dado que ele era neto de Afonso VI, imperador de toda a Hispânia, e passou a assinar todos os documentos oficiais, não como conde, mas sim como rei.
1139
A primeira bandeira de Portugal era uma cruz azul, a de D. Afonso Henriques. Este continuou, no entanto, a lutar contra as forças do seu primo, o rei Afonso VII de Leão e Castela (inconformado com a perda das terras portuguesas). À semelhança de seu avô, Afonso VI, ele também se intitulava como Imperador. Paralelamente travava lutas contra os muçulmanos.
Em 1139, depois de uma estrondosa vitória na batalha de Ourique contra um forte contingente mouro, D. Afonso Henriques afirma-se como rei de Portugal, e com o apoio dos nobres portugueses, é aclamado como rei soberano. Nascia, pois, em 1139, o Reino de Portugal, e a sua primeira dinastia e Casa Real: os Borgonha.
D. Afonso Henriques, torna-se rei, o Rei Afonso de Portugal.
Contudo, o estatuto de independência carecia de reconhecimento, o qual só foi feito por parte do Reino de Leão e Castela a 5 de Outubro de 1143, data em que o rei Afonso VII assinou o Tratado de Zamora, que assinalaria a separação entre os reinos. Mas há época faltava o reconhecimento do Papa, reconhecimento esse que só veio a acontecer várias décadas depois.
1147
Portugal foi um país com origem nos templários e, como tal, cumpriu a primeira das suas razões de existência, foi permitir a fácil passagem das armadas cristãs em direção ao Mediterrâneo. Mas o que tem isso a ver com a época dos Descobrimentos? E com os seguros? A ORDEM DE AVIZ, foi fundada em 1147 por D. Afonso Henriques, com sede em Coimbra e mais tarde em Évora. Tendo tido ligações fortíssimas com a Ordem de Calatrava (castelhana).
1179
Finalmente em 23 de maio de 1179 o Papa Alexandre III aceitou e reconheceu, pela primeira vez, o reino de Portugal, e Afonso I como seu primeiro monarca, tendo atribuído a Bula “Manifestis Probatum” (este documento era na altura muito importante e fundamental para o reconhecimento de Portugal na Europa).
O documento confirmava o título de rei, bem como também estendia o mesmo aos seus sucessores; por outro lado, concedia ao monarca português, o domínio dos territórios conquistados, e a conquistar aos Mouros, o que representava um importante estímulo à expansão territorial, que começava aqui.
Alexandre III foi na época um dos papas mais cultos da Idade Média, professor de direito e de teologia, cujas teorias do poder papal aplicou depois de eleito Papa. Alexandre III exerceu uma influência incontestável na Europa do seu tempo.
A soberania papal era um facto em relação aos estados da Europa, e a autoridade da Santa Sé aumentou consideravelmente durante o pontificado de Alexandre III. D. Afonso Henriques torna-se tributário da Santa Sé, prestando vassalagem ao Papa.
Para aprofundarmos todas estas questões, temos primeiro de saber quem e o que esteve por trás dos descobrimentos portugueses. Todos os grandes especialistas da história da navegação na era cristã, estão de acordo em que se deve internacionalmente imenso aos navegadores que saíram dos portos portugueses. A grande maioria das outras nações bebeu dos conhecimentos obtidos pelos navegadores portugueses e com eles aprendeu a arte de navegar no mar alto. Quanto mais se estudam os heroicos navegadores de outras origens, mais se confirma a origem portuguesa de grande parte dos seus conhecimentos. E quem é que estava por trás desta gigantesca tarefa universal?
Neste contexto, cabe sem dúvida um papel de relevo aos Templários. Oficialmente, trata-se de uma ordem religiosa militar, instituída em Jerusalém no ano de 1118, perto do lugar onde estivera o Templo de Salomão, o grande sábio ancestral dos monarcas hebreus. Os primeiros anos após a tomada de Jerusalém pelos cavaleiros cristãos, foram de uma certa incerteza relativamente à sua posse. Isto explica a formação de Ordens religiosas militares para a defesa desta conquista, tão importante para a cristandade de então e para a proteção dos seus peregrinos.
O grupo inicial era pouco numeroso e só ganhou um certo peso quando, em 1127, o Rei cristão de Jerusalém, Balduino XI, pouco antes libertado do cativeiro muçulmano, resolveu escrever ao ABADE DE CLARAVAL, o cisterciense São Bernardo, para que este redigisse a regra desta ordem.
Chamaram-se primeiro CAVALEIROS POBRES DE CRISTO e depois CAVALEIROS DO TEMPLO. Em janeiro do ano seguinte, no Concílio de Troyes, com a presença de São Bernardo e de diversos dos fundadores da Ordem do Templo, recebeu esta milícia, a pedido do Papa Honório XI e do Patriarca de Jerusalém, o habito branco e a regra. A introdução da Ordem na Península Ibérica foi quase imediata. Duas circunstâncias favoreceram o seu forte estabelecimento em terras mais tarde portuguesas: as investidas aos mouros da Península, pelas sucessivas campanhas da reconquista cristã (uma repetição no ocidente do que então se passava no próximo oriente) e a proximidade geográfica em relação aos grandes centros que então enviavam os seus guerreiros para libertar o Santo Sepulcro.
A investida mourisca contra este posto avançado dos cristãos de Coimbra no ano de 1144, foi o grande batismo de guerra dos cavaleiros templários em Portugal que então já haviam transformado esta velha ruína “Castelo de Soure” numa fortaleza. Dizia-se que na convicção templária: «A MORTE ERA, DE FEITO, MAIS BELA QUE A VIDA COMPRADA COM A COBARDIA».
É precisamente este o sentido da divisa ainda hoje utilizada pelos Açorianos, que a inscreveram no seu brasão, citando a célebre frase de Ciprião de Figueiredo que se negou a entregar os Açores ao poder espanhol, preferindo morrer a favor de D. António Prior do Crato, o último monarca da ímpar dinastia de Aviz: «MAIS VALE MERRER LIVRES DO QUE EM PAZ SUJEITOS». Será simples coincidência de convicção, ou serão mesmo os Açores um dos últimos refúgios da mente templária? Estes cavaleiros nórdicos e os seus aderentes lusos, ajudaram de tal forma nas conquistas de Lisboa, de Santarém, de Silves e de tantas outras terras, que não é exagero o afirmar-se que Portugal foi, em parte substancial, formado com a ajuda desta nobre ordem religiosa militar e dos outros cavaleiros nórdicos. O único estrangeiro ainda hoje venerado da tomada de Lisboa foi o cavaleiro Henrique de Bona. Camões fala-nos dele e dos milagres da palmeira plantada na sua campa. A bula papal que estabelece a construção da Igreja de São Vicente de Fora, menciona que a mesma será erigida em cima dos corpos dos cavaleiros germânicos caídos na conquista da cidade.
Até à tomada de Lisboa pelo Duque de Alba, em 1580, manteve-se o costume de que as paradas militares lisboetas fossem lideradas pela guarnição do Castelo de São Jorge, guarnição essa composta de elementos germânicos ou seus descendentes, em honra de tantos dos seus que tombaram para que se libertasse Lisboa dos mouros.
Foi o Infante D. Henrique, um dos muitos cavaleiros numa longa corrente de iniciados. Mas coube-lhe um lugar de destaque apenas porque viveu numa época fértil em possibilidades, que ele soube avaliar e executar, deixando planos que ainda regeram as diretrizes da navegação portuguesa séculos após o seu desaparecimento. Muitas vezes, podemos ler que o Infante D. Henrique foi Mestre da Ordem de Cristo, que lhe deu muito dinheiro, que ele aplicou na sua ideia de descobrir o mundo. Essa versão, porém, não corresponde à realidade. Nem o Infante foi Mestre da Ordem, nem a ideia foi dele. Ele governava as finanças da Ordem, facto que lhe deu um lugar de grande destaque, e uma certa possibilidade monetária. Todavia, esta nunca chegou para solucionar as pesadas tarefas que faltavam cumprir. O Infante utilizou assim também os seus próprios meios, esforçando-se ilimitadamente na preparação do terreno para que Portugal semeasse e cumprisse a segunda razão da sua existência: a da propagação da fé cristã por todo o planeta.
Tal como as altas torres das catedrais góticas dessa época eram dedos gigantes de uma humanidade crente apontados em direção ao céu, também a atuação deste filho do Mestre de Aviz se assemelhava a um grande dedo, atravessando o espaço e o tempo, para indicar um caminho, a evolução de toda a humanidade. Para os seres decadentes do nosso século, que tudo avaliam pela lógica da conveniência financeira, tendo substituído Deus pelo dinheiro, é de todo impossível compreender a mentalidade dos arquitetos templários que delinearam os planos para a construção das grandes catedrais góticas, que levaram meio milénio e mais para serem contempladas.
Quem éque hoje se lembraria de construir algo que possa ainda ter utilidade daqui a meio século? Tudo o que vemos ser construído à nossa volta, faz parte da miopia geral da nossa geração. Cimento e betão armado não aguentam um século sequer. Os nossos netos terão que deitar abaixo tudo o que hoje se constrói (incluindo o monstro de Belém). Do nosso século só sobrará o plástico. Os arquitetos medievais, no entanto, planeavam em escalas longínquas. Ao iniciar as obras, sabiam perfeitamente que nem eles, nem os seus filhos ou netos poderiam assistir à inauguração delas. Mas isto não os fazia parar. A cidade de Ulm iniciou a construção de uma catedral cuja torre tem cerca de duzentos metros de altura. Ora, na época não havia sequer um milhar e meio de habitantes em toda a cidade. Foram precisos setecentos anos para completar a obra, que ainda hoje se mantém intacta e pronta para durar outro tanto. E hoje já se deitam abaixo os primeiros arranha-céus construídos após a Segunda Guerra Mundial. A construção das catedrais góticas, bem como das fortalezas da mesma época, não previa o pagamento da mão-de-obra. Os habitantes ofereciam-se voluntariamente para executar esta tarefa. A Ordem de Cristo encabeçava não só o pensamento gótico da população, como todas as três Ordens Religiosas Militares no contexto da expansão marítima portuguesa.
Havia a ORDEM DE SANTIAGO, fundada no Reino de Leão da qual se separou a comenda portuguesa no século XII, e tinha a sua sede no Convento de Santos em Lisboa. Na reconquista de Mértola, ofereceu-se esta fortaleza como primeira sede da Ordem portuguesa de Santiago, passando-a mais tarde para Palmela. Foi D. Dinis que, em 1290, conseguiu uma bula papal que separava reconhecidamente a parte portuguesa desta ordem da castelhana/leonina. Um dos seus mais destacados grão-mestres foi o Infante D. João, chamado o Príncipe Perfeito, mais tarde D. João II, Rei de Portugal. Diversos dos grandes navegadores foram cavaleiros desta Ordem. Havia ainda a ORDEM DE AVIZ, fundada em 1147 por D. Afonso Henriques, com sede em Coimbra e mais tarde em Évora. Tendo tido ligações fortíssimas com a Ordem de Calatrava (castelhana), que também se conseguiu desligar oficialmente da mesma por intervenção de D. Dinis. O seu principal mestre foi D. João, fundador da Dinastia de Aviz, de longe a mais importante, que acabou por levar a sua cruz aos mais distantes confins do mundo.
No entanto, a Ordem em Portugal que mais se distinguiu na época foi o serviço lançado por D. Dinis. A “Ordem do Templo” foi a Ordem que mais depressa cresceu entre todas as diferentes ordens religiosas militares, surgidas para defesa dos caminhos dos peregrinos à Terra Santa. Embora exigindo a desistência dos bens materiais aos seus membros, permitia a utilização de dinheiro e de atitudes comerciais benéficas à própria Ordem, que assim acumulou bens e terras de dimensões invejadas por muitos. Foram os templários que estabeleceram uma vida financeira duma envergadura como nunca houvera. Emprestavam dinheiro sem juros, cobrando somente percentagens cambiais na conversão duma moeda para outra. Também emitiam notas de crédito, o que permitia que alguém fizesse um depósito algures num porto do Mar do Norte, viajasse despreocupadamente por não ter que defender a sua arquinha de ouro dos assaltos, e pudesse levantar o seu dinheiro mediante a apresentação de um pergaminho, em qualquer porto mediterrânico ou instalação templária, que havia aos milhares. A inveja do Rei de França, Filipe o Belo, aliada à fraqueza papal de Clemente V, então sob o controlo francês em Avignon, e com medo de ser assassinado como o seu antecessor, acabou por juntar os poderes do Estado com os da Igreja, contra os poderes do Espírito da Ordem do Templo. em 1307.
A ORDEM DE CRISTO nasceu com um golpe político de grande inteligência, do Rei D. Dinis, que à época presidia ao trono de Portugal. Este resistiu a aceitar a diretiva Papal que mandava extinguir a Ordem do Templo, consciente do revelantíssimo serviço que tinha prestado e continuava a prestar na defesa e povoamento do território português. Através de uma ação diplomática bem-sucedida conseguiu obter do Papa uma solução para acatar a extinção, não extinguindo de facto esta Ordem de elite, cuja dispensa não convinha à estratégia política do Reino de Portugal. A solução passou por comutar o nome da Ordem. Esta passou a chamar-se Ordem de Cristo. Assim, com esta jogada de diplomacia, D. Dinis salvou os Templários que passaram a ser integrados na Ordem de Cristo.
Esta nasceu assim em 14 de agosto de 1318, sendo reconfirmada pela bula papal de João XXII, de 14 de março de 1319. O que D. Dinis não comunicou aos representantes papais, foi que havia englobado os antigos cavaleiros lusos da Ordem do Templo nesta nova Ordem de Cristo, oferecendo-lhes até a vila de Castro Marim. A Ordem de Cristo tornou-se assim a herdeira direta, tanto dos bens como dos conhecimentos e das tarefas da antiga Ordem do Templo.
Foi tal o peso dessas três ordens religiosas militares portuguesas nos séculos seguintes, que nos atrevemos a afirmar que a evolução dos contactos entre muitas das civilizações do Mundo, não seria possível da forma harmoniosa como o foi, sem elas e sem a sua orientação filosófica.
Não foi por acaso que os grandes navegadores portugueses do século XVI e XVI eram membros destas ordens e que as suas embarcações levavam a CRUZ DA ORDEM DE CRISTO nas suas velas. A expansão do mundo português não foi o resultado ocasional de aventureiros que se lançaram à procura e conquista de novas rotas marítimas, para enriquecerem rapidamente e de qualquer maneira. Na história escrita por mãos portuguesas não houve a aniquilação sistemática de povos, religiões ou culturas, como a extinção dos Aztecas no México, dos Incas no Perú e dos Guanches nas Canárias, por exemplo. Com a Ordem de Cristo foi tudo diferente. A expansão portuguesa não foi sempre pacifica, mas podemos ver como uma pequena nação pode escrever páginas significativas na evolução da humanidade, sem impor o extermínio de populações.
No século XVI, Portugal obteve a sua riqueza sobretudo no comércio das especiarias, onde se trocavam as mercadorias de um continente pelas de outro, reduzindo a longa lista dos intermediários e fazendo os chamados “NEGÓCIOS DA CHINA”.
Se o nascimento de Portugal se deveu em grande parte à ajuda da Ordem do Templo, mais tarde expandiu-se pela orientação e organização da Ordem de Cristo.
Houve assim o mesmo pensamento, que não só ajudou na construção de uma Europa Cristã, como na abertura das portas do mundo nos séculos XV e XVI. Foram cavaleiros iniciados que navegaram por todos os mares e levantaram padrões com os SÍMBOLOS da CRUZ DE CRISTO, da CRUZ DE AVIZ e da CRUZ DAS QUINAS, circundada pelo escudo dos castelos.
A manutenção dos Templários foi decisiva para o projeto referente às viagens marítimas dos Descobrimentos. O Grão-Mestre à época da Ordem de Cristo, era o Infante D. Henrique que liderou esse processo.
A Ordem de Cristo tutelou, no século XV, todo o processo de descobrimento de novos caminhos marítimos e de novos territórios e povos desconhecidos oficialmente, como consequência da política expansionista extra europeia promovida pela Dinastia de Avis fundada pelo Rei D. João I. Depois da conquista de Ceuta em 1415, o primeiro território descoberto oficialmente no Atlântico foi o Arquipélago da Madeira em 1419/20, ao qual sucedeu uma série de viagens que culminaram com a navegação de toda a costa africana, a passagem do temível Cabo das Tormentas, a chegada à Índia por via marítima (1498) e a descoberta oficial do Brasil em 1500.
Estas viagens permitiram estabelecer a primeira grande rede imperial moderna sob domínio português em concorrência com aquilo que empreendia Espanha. Esta concorrência foi regulamentada sob os auspícios da Santa Sé e consagrada no Tratado de Tordesilhas em 1494 com a divisão do mundo em duas partes, à luz da teoria do Mare Clausum, de forma a conciliar as duas monarquias cristãs no que respeitava à superintendência dos territórios descobertos e a descobrir, por estas duas grandes potências europeias.
O ideal de universalização do Cristianismo teve sempre na base motivadora e legitimadora este processo de expansão terrestre e marítima. A construção do império era acompanhada, como sabemos, pela concomitante edificação das bases da Igreja Católica nos novos mundos descobertos através da ação dos missionários de várias ordens.
A Ordem de Cristo ficou durante muitos anos com a tutela deste processo de edificação da Igreja nos novos territórios, tendo sido a Madeira erguida como primeira grande rampa de lançamento desta política expansionista. De tal modo, que em 1514 se edificou a primeira diocese bem-sucedida em território ultramarino sob domínio português: a Diocese do Funchal. Esta que foi a maior diocese do mundo aquando da sua criação e durante décadas, dependia da Ordem de Cristo e detinha jurisdição sobre todos os territórios descobertos e a descobrir, isto é, envolvia três continentes.