História Universal Seguro

Página em construção desde 1998, que deu origem a um livro lançado em 19 de Novembro de 2015, por Luís Coelho do Nascimento.    

Edição 2021

VEJA AQUI O VÍDEO DE APRESENTAÇÃO:

“Tudo começou por volta de …….”

5000 anos A.C.

Na chamada “Pré-história” do seguro, existiram culturas com fraco desenvolvimento comercial. A família era organizada por clãs ou tribos, e em alguns casos as formas de solidariedade e cooperação, eram repartidas, e as consequências, danos resultantes de infortúnios e/ou acidentes eram asseguradas, garantindo a subsistência dos lesados, nomeadamente os órfãos ou incapacitados, viúvas, etc. 

chinamarcopolo

5000 anos a 2300 A.C.

No auge da antiga China, a civilização chinesa estendia-se a partir do vale amarelo, sendo os transportes fluviais feitos em frágeis barcas. Cautelosamente, cada barca transportava apenas uma parte da mercadoria de cada comerciante. Em caso de afundamento ou apresamento, apenas se perderia uma parte dos bens de cada um. Esta antiquíssima forma de prevenção, consistia na fragmentação ou distribuição espacial do risco como forma de minimizar os prejuízos, caso sucedesse um sinistro. É um processo técnico sempre e atualmente utilizado.

 4500 A.C.

   

Para se colocar em pé as pirâmides, no Egipto milhares de egípcios trabalharam durante anos, e a cada três meses havia uma troca de homens. Uma grande parte, trabalhava no corte e transporte de blocos de pedras. Porém, não havia somente trabalhadores braçais, mas também arquitetos, médicos, padeiros, etc.

A Pirâmide de Quéops, conhecida como a Grande Pirâmide, construída cerca de 2550 A.C. para Kufu, é o monumento mais pesado que o homem construiu. Possui aproximadamente 2,3 milhões de blocos de rocha, cada um pesando em torno de 2,5 toneladas. Com mais de 146 metros de altura.

Por essa altura no baixo Egipto, dada a grande quantidade de sinistrados na construção dessas monumentais construções, foi criada uma caixa de trabalhadores que obravam a pedra para fazer face a casos de prejuízos excecionais das vítimas e familiares. Isto na época, só foi possível com o aparecimento da escrita em papiro, onde eram feitos todos os registos.

3000 A.C.

caldeia

Em Caldeia, dada a florescente pastorícia transumância, os pastores cotizavam-se para que pudessem adquirir outras cabeças de gado em substituição de algumas que se perdiam.

2300 A.C.

babilonia

Na antiguidade, nomeadamente desde a Babilónia e Mesopotâmia, encruzilhada do comércio de transporte (e de raças), são conhecidas formas de responder perante a ocorrência de determinados eventos incertos.

Os Sumérios, Assírios, Acádios e Babilónicos, antigos povos da Mesopotâmia, assimilaram culturas de diferentes origens formando assim sociedades extremamente complexas.

Nasceram então as primeiras cidades, construíram-se pirâmides, zigurates e jardins suspensos. A utilização da roda e da metalurgia, cirurgias cerebrais, tratados astrológicos, calendários e cenas do quotidiano, estão documentadas em tábuas de pedra e barro.

A riqueza de detalhes contidos nessas tábuas, permite-nos saber como os mercadores babilónicos se organizavam para atravessar os imensos desertos que cercavam a Mesopotâmia e atingir terras sempre mais distantes.

Elas mostram que as caravanas, se uniam para garantir a substituição dos camelos perdidos durante a viagem.

Para isso, criaram uma convenção a favor dos transportadores de camelos-dármatas, que tinham pesadíssimos castigos se não entregassem as mercadorias por perda ou roubo, ficando ilibados se provassem a sua não responsabilidade (Responsabilidade Civil).

1600 A.C.

fenicios

Os Fenícios, efetuavam um intenso comércio marítimo, e também estes povos estabeleceram formas de Convenção que concedia novas naves aos Armadores que tivessem perdido as suas. A partir de Sidon e Tiro estabeleceram-se em todo o Mediterrâneo. Fundaram Cartago, Cádis e possivelmente Lisboa. Chegaram à Cornualha e à Guiné. Para se defenderem dos perigos do mar, criaram um fundo de reserva subtraído do lucro para fazer face aos prejuízos de viagens futuras. Toda a mercadoria que chegava a salvo, era onerada com o valor da que se perdia, o que é de forma muito rudimentar uma contribuição para avaria grossa.

1100 A.C.

Também a Grécia, dada a sua intensa atividade comercial no mar mediterrâneo, fez com que este povo se iniciasse numa inédita expansão marítima.

Os mercados portuários destes povos, Biblos, Atenas, Tiro, e Cartago enchiam-se de ferro, estanho e chumbo.

Extraídos das colónias do ocidente vinham o trigo e o azeite, do oriente carneiros e cordeiros e da Arábia vinham os cabritos.

O génio fenício faz surgir o primeiro Alfabeto. Por sua vez, a Grécia torna-se no berço das Artes e das Ciências.

900 A.C.

rodes

No ano 900 A.C. na Ilha Dodecaneso “Rodes” surgem as LEIS DE RODES – Lex Rhodia de Jactu, proteção contra os perigos do mar. As notáveis leis estenderam-se no espaço e no tempo a todas as potências marítimas, o “Código Navale Rhodorium” veio definir um conjunto de regras que deveriam ser cumpridas, por exemplo: “Se se tornasse indispensável atirar mercadoria ao mar, este sacrifício, feito a bem de todos, deveria ser reparado mediante a contribuição de todos”, preceito claro dos sinistros de avaria grossa, nas apólices de transportes marítimos nos nossos dias.

700 A.C.

india

Também na Índia civilização dos Árias, Bramanismo, um dos livros sagrados o “Código de Manu”, continha conceitos de formas embrionárias de seguro.

600 A.C.

Voltando ao berço da civilização grega, as leis de Atenas foram criando Caixas de auxílio mútuo, corporativas ou religiosas, prevenindo gastos excecionais do grupo: associações de carácter mutualista.

500 A.C.

Povos profundamente empreendedores, os gregos e fenícios sempre estiveram expostos permanentemente aos riscos da atividade marítima. Por volta do ano 500 A.C., têm a ideia de agrupar diversas pessoas para juntos, formarem uma reserva de recursos. Em caso de infortúnio – pirataria, incêndio, naufrágio – ninguém arcava sozinho com as despesas.

Esta prática fundamentou o Mutualismo. Aquilo que atrás descrevi, são as formas que constituíram aquilo que se chama a Pré-História do Seguro, e que alguns autores designam como o Pré-Seguro.

Só passados 1500 anos depois, viria o Mutualismo a experimentar novas formas de seguro a partir dos séc. XIII e XIV na Europa com o desenvolvimento do comércio e do mercado de capitais, estando os seguros diretamente ligados a esse crescimento.

1185

alexandre VI

Em 1185, o Papa Alexandre IV determina como OBRIGATÓRIO um seguro que se destinava a precaver, contra roubo, os bens eclesiásticos, o mesmo sucedendo contra os bens dos militares, dos mercadores e dos burgueses da Diocese de Rhodes.

1190

ricardo

Em 1190, Ricardo Coração de Leão, ordenou ao aportar na Ilha de Ocleron, que se copiassem as leis de Rhodes e juntou-lhe outras, fazendo assim melhorias significativas, onde os seguros marítimos figuravam com alguma importância.

1293

Em 1293, em Portugal o Rei Lavrador D. Diniz estabeleceu a primeira forma de seguro, dedicada exclusivamente aos riscos marítimos. É celebrado um acordo entre os mercadores, tendo como objetivo o pagamento de certas quantias “Prémio” sobre as embarcações, este cálculo era feito de acordo com o porte da embarcação e o seu tráfego. Estes montantes serviam para fazer face ao “Sinistro”, por perdas de navios e mercadorias. Não existia neste sistema, a transferência para outrem de uma responsabilidade ou risco, mediante um prémio, por isso poderá ser apelidado de embrião do seguro.

1300

Por volta do ano 1300, sob a forma de seguros, quer na Inglaterra quer na Itália, “se especulava sobre a vida humana por intermédio do seguro marítimo garantindo uma soma em caso de perda no mar dum homem livre ou escravo”. Em Londres, existia já a sociedade Casualty Assurances des Chambres y Coutiers, espécie de caixa comum que tinha por objeto procurar o resgate necessário para aqueles que caíam cativos dos turcos ou mouros.

1318

Em 1318, publicou-se a “Ordenança de Pisa”, que constituiu a primeira legislação conhecida sobre seguros, de acordo com a configuração atual. No entanto, há quem defenda que a data foi muito posterior, ou seja em 1385, já depois do aparecimento da 1ª apólice.

1347

Ainda em 1347,  aparece em Génova, na Itália, o primeiro Contrato de Seguro, referindo-se a um transporte de mercadorias entre Génova e a Ilha de Maiorca. Tanto o contrato como a 1ª apólice de seguro, constituem sinais claros de que, após a Idade Média, volta à cena o intenso comércio marítimo.

1370

Os seguros marítimos foram assim, os primeiros a ser objecto duma regulamentação: são promulgadas as primeiras leis sobre Seguros em Portugal, em 1370 no reinado de D. Fernando I. A sua primeira lei sobre seguros, diz respeito a uma mútua para seguros de navios de carga superior a 50 toneladas, os quais eram obrigatoriamente registados. Esta é a data do primeiro resseguro que há conhecimento, e mais uma vez está relacionado com o seguro marítimo, pois em 1370 – foi efectuado em Génova  o primeiro contrato de resseguro conhecido. Este foi efectuado entre dois comerciantes individuais, como resseguradores e um terceiro comerciante , como agente segurador directo, e teve como objecto garantir um seguro de transporte de Génova  para Bruges.

1375

Ainda D. Fernando I, fixa por lei um pagamento de 2 coroas por cento sobre o valor dos navios, e constituiu bolsas no Porto e em Lisboa. Quando algum navio se perdesse ou fosse tomado pelo inimigo, essa perda seria repartida por todos os armadores, caso os fundos existentes nas Bolsas fossem insuficientes.

1383

É publicada em 1383, em Portugal, a primeira Lei Nacional sobre Seguros.

1397

Em 1397, D. João I Rei de Portugal promulga a Carta Régia de 11 de Julho, em que o monarca renova, confirma e amplia a instituição seguradora criada pelos seus antecessores.

1435

Em Espanha, a 1ª Regulamentação do seguro é obviamente do seguro marítimo e à data de 1435 é o Ordenamento de Barcelona e foi editada por Jaime I de Barcelona.

1455

Surge mais tarde em 1455, o Édito dos Magistrados de Barcelona, constituído por 20 artigos, e no qual se define o seguro marítimo a prémio fixo.

1467

Os países mediterrânicos, que tanto aproveitaram os descobrimentos, conheceram nos meados do século XV a necessidade de proteger o seguro, das apostas, e os seguradores dos abusos e crimes dos segurados, daí a Lei Genovesa de 1467.

1488

Esta é a data da primeira Apólice de Seguros Terrestres conhecida, assinada em Florença a favor de Fernando I, e garantindo a este monarca, rei de Nápoles, uma coroa preciosa enviada de Florença para Nápoles.

1492

Em 1492, novas rotas comerciais surgem continuamente, porém os riscos e as perdas dos grandes empreendimentos marítimos, multiplicam-se em igual proporção. Criaturas horrendas povoam os mares e a imaginação dos navegadores. Mas as Índias, com seda e especiarias como a pimenta, a canela, a noz-moscada, o cravo e as porcelanas, e as Américas com o ouro e o açúcar, trazem a esses aventureiros o sonho de riqueza.

1498

Finalmente em 1498, VASCO DA GAMA descobriu o caminho marítimo para a Índia e dois anos depois, PEDRO ÁLVARES CABRAL chega ao Brasil.

1529

Em Portugal, por CARTA RÉGIA de 15 de Outubro de 1529, é criado o cargo de escrivão de seguros. Este cargo foi ocupado por Brás Eanes, amo de Fernão d’Álvares, tesoureiro do rei e escrivão da fazenda. Este cargo só podia ser desempenhado por quem soubesse ler e escrever, o que era raro na época. O escrivão detinha o monopólio dos registos de todos os contratos de seguro e respetivas apólices. Cabia-lhe também a escrituração de todas as dúvidas e diferenças (possíveis litígios); constituía a primeira ação fiscalizadora, sendo também na altura a primeira instituição com funções de arbitragem.

1549

Finalmente em 1549 foi feito um compêndio,  livro Consolato Del Mare, edição veneziana onde foram inscritas todas as normas do seguro marítimo da época.

1552

Em 1552, foi editado o livro de Pedro Santarém ou Pedro Santerna:  é um dos mais antigos tratados em matéria de seguros, denominado “Tractatus de Assecurationibus et Sponsionibus Mercatorum”.

Pedro de Santarém, viveu no tempo de D. Manuel I, tendo publicado o primeiro grande estudo jurídico sobre o contrato de seguro, a que deu o título de “Tractatus de Assecurationibus et Sponsionibus Mercatorum”, publicado no ano de 1552.

Mas, foi o Prof. Moses Amzalack quem tornou conhecido o texto, traduzindo-o do latim, em que originalmente foi escrita a obra, e revelando a nacionalidade de Pedro Santarém, que por alguns era referenciado como italiano. Pedro de Santarém nasceu na cidade escalabitana (ou santarena) que lhe deu o nome, e exerceu as funções de agente de negócios de Portugal, que hoje equivale ao cargo de cônsul, em diversos centros comerciais da Europa. Vale a pena ler este tratado. Logo no início da obra, Pedro de Santarém diz que resolveu escrever este livro por influência de vários mercadores seus amigos e depois de abordar a questão da licitude do contrato de seguros, aborda os vários aspetos do contrato e os seus efeitos.

1568

Surge a primeira edição em francês da célebre obra, “Les Voyages” de “Fernand Mendez Pinto”. Esta obra deve ter sido escrita entre os anos de 1568 e 1578 e foi preparada para edição por Francisco de Andrade, Cronista-mor do Reino, que vivia também em Almada. Foi publicada pela primeira vez em Lisboa, em 1614. Consultada e citada ainda manuscrita, logo a partir dos anos de 1590, a Peregrinação era na época, um dos maiores sucessos da cultura portuguesa. A tradução espanhola surge em Madrid, em 1620, tendo mais cinco edições na Espanha do século XVII.

1569

Até 1569, Lisboa era o Centro do Mundo e controlava o comércio marítimo internacional, no entanto pouco a pouco, outros países como a Bélgica e Holanda entram para o rol das grandes potências marítimas. O porto de Lisboa foi perdendo a sua importância, e a Antuérpia na Bélgica, chega a concentrar 40% de todo o comércio mundial. Na Holanda, surge a Companhia das Índias Orientais, primeira grande companhia moderna a segurar o transporte marítimo, das caravelas, mercadorias e armazéns contra as tempestades, a pirataria, e os incêndios, infortúnios das grandes travessias. Assumindo assim, os enormes prejuízos, compensados no entanto, pelos grandes prémios que recebiam em caso de boa fortuna. Esse tipo de instituição multiplicou-se por todo o Continente Europeu.

Começou assim a organizar-se, o seguro, com bases técnicas, que chegaram aos nossos dias, de acordo com os progressos científicos que se operam no campo das matemáticas, em particular no cálculo de probabilidades estatísticas.

O desenvolvimento do comércio por mar (como atrás dissemos), foi preponderante e logo originou o aumento de pedidos de coberturas para os navios e respetivas mercadorias transportadas.

Surge em Londres no início do século XVII, uma novidade social importante, que foi a abertura de “cafés”, tornando-se desde logo o local aprazível de encontro de comerciantes e banqueiros.

1570

Em 1570, o Rei de Portugal então existente D. Sebastião proíbe os Contratos de Seguro, considerando-os como contratos de usura. Tal situação ficou a dever-se à falta de regulamentação, que originou prémios exageradamente altos e dificuldades extremas nos casos de regularização dos sinistros.

1575

Em 1575 em Inglaterra, cria-se na Real Bolsa de Comércio, a Câmara de Seguros.

1578

alcacer

No ano da batalha de Alcácer Quibir, era criado em Portugal, o cargo de Corretor de Seguros, com o objetivo de regulamentar e fiscalizar todas as operações, e assim acabar com os abusos que tinham originado prémios exageradamente altos e dificuldades extremas nos casos de regularização dos sinistros.

O seu papel é de intermediário exclusivo entre segurados e seguradoras. Nenhum seguro era válido enquanto não tivesse  interveniência do corretor. O rendimento do corretor era de cinco vezes superior ao do Escrivão. Este rendimento era assegurado pelos “Tomadores” – “seguradores” – através de comissão cobrada sobre os prémios; tanto o cargo de Escrivão como de Corretor era considerado propriedade pessoal e transmissível dos respetivos funcionários, sendo geralmente, passado de pais para filhos.

1583

A primeira apólice de Seguro de Vida, é datada de 18 Junho de 1583 e foi emitida pela Real Bolsa de Londres, para 16 mercadores pertencentes à Câmara de Seguros. Esta apólice, emitida sobre a vida de um londrino proprietário de salinas, William Gybbons, pagava um prémio anual de 32 libras, e se ocorresse a sua morte durante esse período, os seus beneficiários receberiam 400 libras (a taxa do contrato na altura era de 8%).

1589

O “Guidon de la Mer” proibia o seguro de vida e esta proibição estendeu-se de resto, por toda a Europa exceto na Inglaterra. A “Ordonnance de la Marine”, em 1681 mantém a proibição anterior, permitindo apenas o seguro de resgate de cativos.

1648

Em Portugal é instituída a “Casa dos Seguros”, instituição que absorvia as funções de Corretor de Seguros. A realização de contratos de seguro fora do âmbito da Casa dos Seguros, implicava a sua anulação.

1649

D. João IV, aprova por Alvará Régio datado de 10 de Março de 1649, a “Junta do Comércio Geral”. Trata-se do primeiro Código Comercial Português, onde atualmente ainda muito do nosso código comercial atual se baseia. Este, quando foi criado, tinha como objetivo fiscalizar todos os atos mercantis da época, incluindo obviamente os seguros.

1653

tontilha

O banqueiro napolitano Lorenzo Tonti idealiza um sistema que passou a denominar-se “tontina”. Consistia num fundo comum, formado pelas contribuições dos subscritores que, mediante a entrega de um capital, adquiriam o direito a uma renda anual vitalícia. Na morte de um subscritor, a sua parte era adquirida pelos restantes, até que, morto o último beneficiário, o capital revertia para o Estado, gestor da tontina. As tontinas apenas aparecem pela primeira vez em Itália em 1650, na Holanda em 1671, na França em 1684, na Inglaterra em 1692 e na Prússia em 1698.

1654

Um trabalho importante de Pascal, “Geometria do Acaso”, permitiu criar a técnica indispensável à Industria Seguradora, para a construção de “tábuas de mortalidade”. Em 1671 o holandês Johan de Witt, diplomata financeiro, calculou pelo método de Pascal a probabilidade de uma pessoa, em cada ano da sua vida, morrer num determinado período de tempo.

1660

EDWARD LLOYD abriu um café em Londres por volta de 1660, e mais tarde institucionaliza-se a corporação de (UNDERWRITERS DO LLOYD’S) tomadores de riscos, precisamente a partir desse café. Criam também nessa altura um jornal, o “LLOYD´S NEWS” que ainda hoje mantém a sua publicação.

1666

Em Inglaterra, em 1666 um grande incêndio destrói Londres. O grande incêndio de Londres, foi uma das maiores catástrofes da capital inglesa, tendo destruído as partes centrais da cidade de 2 de Setembro a 5 de Setembro de 1666. O incêndio ameaçou destruir o Palácio de Whitehall e alguns subúrbios. Destruiu 13.200 casas, 87 igrejas, a Catedral de St. Paul e 44 prédios públicos. Entretanto, acredita-se que poucas pessoas morreram. Os registos da época computaram um total de 100 mil desabrigados e nove óbitos. Mas pesquisas atuais, afirmam que milhares de pessoas podem ter morrido, já que pessoas mais pobres e da classe média não eram registadas. O fogo começou na padaria de Thomas Farriner (ou Farynor) em Pudding Lane e logo se espalhou.

A propagação das chamas, foi favorecida pela estrutura medieval da cidade: ruas estreitas e casas de madeira muito próximas umas das outras. A técnica contra incêndios da época (derrubar construções e assim impedir o espalhamento do fogo) foi atrasada por decisão do Lord Mayor de Londres, Sir Thomas Bloodworth, que subestimou o potencial das chamas. Quando as demolições foram autorizadas, uma tempestade de fogo impediu que fossem feitas. No dia 3 de Setembro o fogo dirigiu-se à zona norte, rumo ao coração da cidade. No dia 4, destruiu a Catedral de St. Paul. Uma ação contra o incêndio foi mobilizada. Finalmente o fogo foi controlado. Além do prejuízo estimado na altura em 10 milhões de libras, vários problemas sociais eclodiram.

O rei Carlos II temia uma rebelião em Londres e ordenou a reconstrução da cidade. Apesar de críticas, a cidade não foi modernizada, mas reconstruída nos moldes e estilos medievais. O arquitecto Cristopher Wren liderou os muitos arquitetos que participaram da reconstrução, que deu origem à área conhecida como City of London, hoje um distrito financeiro. A Catedral de São Paulo (século XII) foi completamente destruída. A edificação atual foi desenhada pelo arquiteto Cristopher Wren. A ponte de Londres, parcialmente consumida pelo primeiro incêndio (1663), foi consumida pelas chamas.

A biblioteca de teologia do Sion College teve um terço dos seus livros queimados. O centro administrativo (Guildhall) – onde ocorriam julgamentos desde o século XIV foi seriamente danificado. Finalmente no 5º dia, o Duque York consegue deter o fogo no Templo, a célebre construção que, durante a Idade Média, abrigou a Ordem dos Cavaleiros dos Templários. (Por mera coincidência foi poupado o café Lloyd´s). Imediatamente se abriu uma nova seção para os riscos de incêndio.

1667

No seguimento do grande incêndio, é estimulada a criação de um serviço público de prevenção e combate a incêndios, a cargo dos municípios. Simultaneamente, é despoletada a criação de companhias de seguros que cobrissem os riscos de incêndio.

1671

GUIDON DE LA MER (LE). É o nome de um tratado sobre o direito marítimo, foi escrito em Rouen, Normandia, em 1671. Pensa-se tratar-se de um dos mais antigos códigos de direito marítimo. O autor desta obra é desconhecido. Este aparelho ou tratado, está contido na coleção de ” Lois Marítimos “, por JM Pardessus.

1677

Na Alemanha surge em 1677, na cidade de Hamburgo, uma caixa geral de incêndios, dada a forte tradição mutualista existente; e mais tarde alastram por várias cidades alemãs.

1680

É criada a primeira companhia de seguros exclusivamente de incêndio, a “Phoenix Office”, que se propunha segurar casas em Londres, com um prémio de 2,5% da renda anual, para casas de tijolo, e 5% para casas de madeira. Tendo concorrido fundamentalmente para a sua criação, o grande incêndio de Londres de 1666;  e assim  surge o mais antigo Seguro contra Incêndios do Mundo.

1681

Em França, e inspirado no “Guidon de la Mer”, Luis XIV promulga a Ordonnance de ls Marine, documento com larga influência noutros países europeus sendo a fonte direta do “Code de Commerce”.

1706

O seguro de vida vem a seguir, também em Inglaterra, consentido por carta da Rainha Ana em 1706, embora os contornos deste fossem muito diferentes do seguro de vida atual, tendo obviamente muito a ver com o seguro marítimo, conforme descreverei à frente.

1710

Em 1710, os ingleses fundam a “Fire Office”.

Surge então com uma certa dimensão e exploração dos seguros de incêndio, que afinal, aproveita muito da técnica de seguros do seguro marítimo.

O seguro, no entanto, só adquire uma dimensão economicamente importante, no princípio do Século XIX, com a Revolução Industrial, na Europa e nos E.U.A..

No que diz respeito aos seguros de vida, as primeiras coberturas de riscos de morte foram dadas em complemento do seguro marítimo, sendo extensivas:

  • aos escravos (mercadoria transportada),
  • ao capitão e à equipagem,
  • aos passageiros transportados.

Na história de seguro marítimo e dos seguros em geral, Lloyd’s of London é de referência obrigatória.

Analisemos o que era e o que é a Lloyd´s :

Lloyd´s não é uma companhia de seguros como muitas vezes se pode pensar.

Lloyd´s é sim, uma associação de Tomadores de Riscos (Underwriters), que aceitam individualmente coberturas de riscos, comprometendo ilimitadamente as suas fortunas pessoais.

Atualmente é uma espécie de “Bolsa” de seguros, onde praticamente tudo pode ser seguro.

De tal forma assim é, que chegam diariamente pedidos de coberturas de todas as partes do Mundo e para os riscos mais diversos, desde seguros de vida (Capitais Fabulosos), a refinarias ou aviões, num volume diário de prémios que ultrapassa neste momento +/- 22 milhões de libras (+/-5.060.000.000$00).

(Informação de 1998)

1721

Em 1721, é autorizada a exploração de seguros de vida à Royal Exchange e London Assurance, tendo-se fundido a Royal com a Guardian já no ano de 1968.

1753

Em 1753 é autorizada em França, a seguradora de risco de incêndio, Companhie d’Assurances Mutuelles, que segurava o risco de incêndio das habitações, bem como riscos de naufrágio no comércio marítimo.

1782

Em 1782, é criada em Londres a LONDON PHOENIX.

1797

Em 1797, foi criada a 1ª Companhia Portuguesa de Seguros BOM CONCEITO, a qual dá origem à BONANÇA.

1804

Em 1804, nasceu a Companhia de Seguros Sussego Comum, com sede em Lisboa: abaixo apólice de 1806, documento impresso e manuscrito que faz parte da coleção da AFS – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

1808

Se a Companhia de Seguros Bonança, não tivesse sido fundida com a Império, seria certamente uma das  mais antigas companhias de seguros portuguesas, e das mais antigas do Mundo. A Companhia de Seguros Bonança, foi fundada por José Diogo de Bastos em 1808, tendo a sua primeira apólice sido emitida a 30 de Setembro desse ano.

Nesta época, Portugal testemunhava um período económico e social muito difícil – o Ultimato Napoleónico, o bloqueio dos portos, a retirada da Família Real e da Corte para o Brasil, a ocupação do país pelas tropas francesas, e o desembarque do exército inglês – pelo que a denominação social de Companhia de Seguros Bonança, refletiu todo o movimento de regeneração que se seguiu e que traduzia o estado de alma coletiva: “Depois da tempestade vem a Bonança”.

Quando a Bonança se fundou em 1808, existiam no mercado mais oito companhias de seguros, todas  concentradas em Lisboa, e que se acotovelavam numa enorme concorrência, que é tão antiga como o negócio. Lisboa, nessa altura, ocupava uma área bastante mais reduzida do que aquela que tem nos nossos dias, pelo que, a quase totalidade das apólices de seguros realizadas, se referem aos arruamentos que hoje formam o centro da cidade. 

1821

Em 1821 foi efectuado o que actualmente designamos como o primeiro “Tratado  de resseguro proporcional” tratou-se de um acordo entre a French Compagnie  Royale e a Compagnie Propriétaires Réunis (com origem no reino da Holanda).

1825

ageas

Ageas é um grupo segurador internacional, com uma herança que abrange 190 anos. Classificada entre as 20 maiores empresas de seguros na Europa, a Ageas concentra as suas atividades comerciais na Europa e Ásia, que juntas compõem a maior fatia do mercado de seguros global. Estes são agrupados em torno de quatro segmentos: Bélgica, Reino Unido, Europa Continental e Ásia e servidos através de uma combinação de subsidiárias e parcerias integrais com fortes instituições financeiras e distribuidores chave em todo o mundo. Ageas opera parcerias de sucesso na Bélgica, no Reino Unido, Luxemburgo, Itália, Portugal, Turquia, China, Malásia, Índia, Tailândia, Filipinas e Vietname e tem subsidiárias na França, Portugal, Hong Kong e no Reino Unido.
 
Ageas é líder de mercado na Bélgica para seguros de vida e acidentes pessoais, ou garantindo benefícios individuais, bem como é  um líder não vida através da AG Insurance. No Reino Unido, Ageas ocupa a posição número 3 em seguros automóvel, e tem uma forte presença no mercado em vários países. O Grupo Ageas emprega mais de 13.000 pessoas nas entidades consolidadas e mais de 30.000 nas parcerias não consolidadas, e relatou entradas anuais de perto de 26 mil milhões de euros em 2014, tendo adquirido este ano em Portugal a Ocidental, a Médis e a Axa.
(Fonte  Seguradora Ageas)
 

1843

Em 1843, foi estabelecido o mais antigo tratado porporcional de seguro marítimo, entre a Generali e a RAS  (actualmente incorporada na Allianz, era um tratado de resseguro recíproco de “excedente de capitais” para seguros de “casco” dos navios que operavam no rio Danúbio.

1846

Cologne.re

Em 1846, foi criada na Alemanha a “Cologne Reinsurance Company” em portugês Colónia Resseguros, primeira seguradora exclusivamente dedicada ao negócio do resseguro. Actualmente incorporada na GEN Re. Permitindo que as várias companhias comecem a fazer seguros de quase tudo, assim é em pleno século XIX, que nos aparecem os seguros agrícolas, de acidentes pessoais, de acidentes de trabalho, de automóveis, contra a mortalidade do gado, contra as consequências das inundações, das enxurradas, do mau tempo, o seguro de crédito, contra os resultados das operações cirúrgicas, e em 1939 nos países considerados de civilização adiantada, como os Estados Unidos da América, surgem seguros bizarros como o seguro de indemnização por divórcio, por nascimento de gémeos, etc.

1857

Em 1857 é estabelecido o primeiro contrato de resseguro  conhecido na modalidade “Stop Loss”, entre duas  seguradoras alemãs.

1860

Em 1860 foi efectuado o primeiro acordo de  “retrocessão” entre a Cologne Re e a União Belga de seguros contra incêndios.

1863

swiss reswiss.re.2

Em 1863 é fundada em Zurique  a resseguradora internacioal Swiss Ré que é actualmente uma das maiores da actualidade.

1880

munich re

Em 1880 é criada em Munique  a resseguradora  Munich Ré, sendo hoje uma das maiores resseguradoras do mundo.

1884

Em 1884,  o Sr. Chaufton  com o aparecimento das primeiras companhias verdadeiramente fundadas  com base em cálculos dos prémios na estatística e assentes na mutualidade,  bem como a transferência de risco o aparecimento das resseguradoras, vem  definir claramente o conceito de seguro da actualidade.

É a reposição das perdas.  A  compensação dos efeitos do acaso pela mutualidade, organizada segundo as leis da estatística, ou seja, conforme as  probabilidades“.

1911

Em 1911, O Massachusetts Legislature aprova uma lei que exige aos empregadores, a proteção dos seus empregados com subscrição de um seguro de compensação dos trabalhadores.

1912

 A Massachusetts Employees’ Insurance Association (MEIA), percursora do atual Liberty Mutual Group, iniciou as suas operações a 1 de Julho de 1912.

  • 1914: a companhia abre o primeiro escritório da filial em Springfield, Massachusetts. A companhia emite a sua primeira apólice automóvel.
  • 1917: a Massachusetts Employees’ Insurance Association (MEIA) altera a sua designação para Liberty Mutual Insurance Company e começa a subscrever o seguro de responsabilidade civil.
  •  1930: O Liberty Mutual Group distribui materiais de segurança nas escolas secundárias em cursos educativos de condução, um esforço que ainda hoje se mantém através do programa de condução da companhia dirigido aos jovens.
  • 1936: O Liberty Mutual Group torna-se na 1.ª Seguradora em seguros de Acidentes de Trabalho.
  • 1943: O Grupo abre, em Boston, o primeiro centro de reabilitação do país. O seu principal objetivo é reabilitar os feridos de guerra, ajudando-os na reintegração social.
  • 1957: O Grupo desenvolve dois protótipos de “carros de sobrevivência” introduzindo medidas inovadoras de segurança, tais como os descansos (encostos) de cabeça e os cintos de segurança.
  • 1964: É criada a” Liberty Life Assurance Company” de Boston, que oferece um vasto leque de Seguros de Vida para particulares e grupo.
  • 1973: A Liberty Mutual Insurance Company (Massachusetts) Limited foi fretada em Londres para participar no mercado internacional de resseguro.
  • 1985: O Liberty Mutual Group incorpora o negócio dos serviços financeiros com a aquisição de Liberty Financial Services.
  • 1997: O Grupo adquire a Golden Eagle Insurance of San Diego, California.
  • 1998: o Liberty Mutual Group alia-se à “Employers Insurance of Wausau”, uma das marcas com maior notoriedade e mais respeitada nos mercados comerciais e de gestão de risco dos Estados Unidos.
  • 1999: A Liberty expande-se para Espanha, com duas aquisições, e reforça o seu negócio na Colômbia e na Venezuela, com a compra de mais duas companhias.
  • O Liberty Mutual Group adquire a Companhia Europeia de Seguros passando a operar no mercado português com a designação de Liberty Seguros.
  • Em 2003, a Liberty rebatiza o seu centro de investigação como Liberty Mutual Research Institute for Safety, coincidindo com a expansão do edifício de 3 954.882 m2 para 8 714.305 m2.
  • A Liberty Mutual Group adquire o negócio operacional espanhol da Met Life.
  • Em 2004, a Liberty anunciou o patrocínio por cinco anos do evento Boston’s Fourth of July, no Esplanade. Trata-se da primeira celebração do America’s premier Independence Day, a ser difundida a nível nacional pela estação de televisão CBS.
  • A Liberty Mutual tornou-se a primeira empresa de seguros patrimoniais e pessoais, estrangeira, na zona oeste da China ao abrir um escritório em Chongqing.
  • O National Safety Council atribuiu a medalha Green Cross for Safety, de 2005, à Liberty Mutual Group e ao seu Presidente e CEO Ted Kelly, reconhecendo a organização e o seu líder, por importantes conquistas ao nível da segurança e saúde, serviço comunitário e cidadania responsável.
  • A Liberty Mutual adquire as operações da ING’s P&C no Chile.
  • Em 2006, a Liberty International Underwriters (LIU) entra no Médio Oriente com um novo escritório no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, aumentando o número de escritórios LIU no mundo para 29.
  • A Liberty Mutual Group entra no mercado de seguros da Turquia, com a aquisição da Seker Sigorta A.S.
  • A Liberty Mutual Group recebeu a General Insurance License, do Ministro das Finanças do Vietnam.
  • (Fonte  Seguradora Liberty)

 1939

Em 1939,  Arnaldo Pinheiro Torres editou o livro ” Ensaio sobre o Contrato de Seguro”,  versando as questões fundamentais do contrato de seguro nomeadamente  “Contrato de Seguro / Direito dos Seguros / Direito do Contrato de Seguro. Uma curiosidade, é o prefácio do professor Marcelo Caetano nesse livro.

 1953

Em 1953, é editado o livro a “Teoria e Prática dos Seguros” por Pedro Martinez.

1971

O “Contrato de Seguro no Direito Português e Comparado” foi publicado em 1971, da autoria de Luís Moutinho de Almeida.

1996

Nesse ano, foi constituída a Espírito Santo – Companhia de Seguros, S.A., em Portugal.

Em Londres, a Royal & Sun Alliance Insurance foi formada após a fusão da Sun Alliance e da Real Seguros. Também  em 1996, a Sun Alliance foi ela própria um produto da fusão, pois  em 1959 a The Sun, que foi fundada em 1710, com a Aliança, que foi constituída em 1824 por Nathan Mayer Rothschild e Moses Montefiore.

A Sun Alliance, adquiriu a Londres Seguros em 1965 (tornando-se Sun Alliance & Londres) e a Phoenix Assurance em 1984.

A Real Seguros (Londres) foi fundada em 1845, tendo adquirido a Liverpool e Londres e a Globe Insurance Company em 1919.

A empresa mudou formalmente o seu nome para Royal & Sun Alliance Insurance, também em 1996.

Também neste ano, é criada a Câmara Nacional dos Peritos Reguladores em Portugal.

 

2020

Nove grupos seguradores pan-europeus

O regulador europeu identificou nove grandes grupos seguradores, candidatos a um sistema de supervisão. Têm grandes negócios e estão em muitos países. Cinco já estão em Portugal.

O organismo supervisor dos seguros na União Europeia, liderado pelo português Gabriel Bernardino, identificou os nove grupos seguradores considerados verdadeiramente pan-europeus, isto é são grandes, estão em muitos países e têm sede em um país da UE.

A identificação destes Grupos seguradores internacionalmente activos foi conseguida através da partilha de informação dos supervisores nacionais dos 27 estados membros, e com a Eiopa, organismo supervisor dos seguros na União Europeia que  de acordo com alguns critérios definidos. 

O processo tem vindo a ser assegurado pela IAIS – International Association of Insurance Supervisors que reúne 190 jurisdições em mais de 140 países, propondo standards para a indústria seguradora a serem seguidos por todos os países e os critérios que, em conjunto, definem um grupo europeu são os seguintes:

  • Tem prémios emitidos em três ou mais jurisdições(países) da UE;
  • Pelo menos 10% dos prémios são emitidos fora do país onde se localiza a sede;
  • Os activos totais são superiores a 50 mil milhões de dólares ou os prémios emitidos são superiores a 10 mil milhões de dólares.

Embora, numa primeira análise, a IAIS tenha previsto cerca de 50 grupos passíveis de serem considerados IAIG’s, o facto é que a lista agora divulgada, identifica apenas nove grupos considerados verdadeiramente multinacionais, com sede na Europa. São eles:

  • Aegon N.V. (Holanda): Tem operações em 12 países europeus com os seus maiores mercados na Holanda e Reino Unido. Está ainda em quatro países dos mercados CEE (central & eastern europe), em Espanha e em Portugal onde tem um contrato de 25 anos, celebrado em 2014, com o Banco Santander Totta para distribuição dos seus produtos.
  • Ageas SA/NV (Bélgica): Está em 9 países na Ásia e, na Europa, está na Bélgica, Reino Unido, França, Turquia e Portugal onde detém as marcas Ageas Seguros, Ocidental, Média, Seguro Directo e Ageas Pensões.
  • Allianz SE: Empresa com sede na Alemanha, está em 70 países por todo o mundo, mas tem mais de metade do seu negócio na Europa. A Allianz Portugal  nasceu em 1999, da fusão da Portugal Previdente e da Sociedade Portuguesa de Seguros, após a tomada de controlo do Grupo AGF.
  • Assicurazioni Generali S.p.A.: Tem presença forte em Itália, onde tem a sede, Alemanha, França, países da Europa oriental e em países emergentes da Ásia e América Latina. Entrou em Portugal em 1942, mas estabeleceu-se com uma companhia portuguesa em 2015. Em 2019 adquiriu a Seguradoras Unidas (Tranquilidade, Açoreana, Logo) e a Advance Care.
  • Grupo Mapfre: O grupo espanhol está em 100 países, nos cinco continentes dos quais 8 são países da EU. Em Portugal estabeleceu-se em 1990.
  • HDI Haftpflichtverband der Deutschen Industrie V.a.G.: Com sede na Alemanha é mais conhecido pelo seu grupo Talanx, está em 150 países mas não em Portugal.
  • Münchener Rückversicherungs-Gesellschaft Aktiengesellschaft in München: A Munich Re está presente em 6 países da Europa, mas não em Portugal onde, contudo, tem muitos clientes de resseguro.
  • NNGroupN.V. (Holanda): A Nationale Nederlander está ativa em 18 países, na Europa, Estados Unidos e Ásia, sendo a Holanda o seu principal mercado. Não está em Portugal.
  • Vienna Insurance Group AG (Áustria): a VIG tem 50 empresas em 30 países, sendo líder na Áustria e em alguns países CEE. não está em Portugal.

Continua………………………………..

Ultima actualização 2020/05/21

AVISO LEGAL:

A informação contida neste site História do Seguro é privada e, destina-se exclusivamente a consulta dos usuários no presente site. O USUÁRIO, do mesmo só poderá utilizar o mesmo para os efeitos para os quais foi produzido apenas consulta.

Luis Coelho do Nascimento. ( AUTOR) é o titular de todos os direitos de propriedade intelectual, quer estejam ou não registados, relativos a todas e quaisquer informações, conteúdos, dados e  imagens  incorporados no site, ( “SITE”), incluindo a forma sob a qual o SITE  é apresentado, e o USUÁRIO não obterá, nem tentará obter qualquer direito sobre a titularidade da referida propriedade intelectual. O SITE não pode ser reproduzido, distribuído, publicado, alterado e/ou divulgado, no todo ou em parte, junto de terceiros, quer sejam pessoas singulares ou colectivas, públicas ou privadas sem autorização escrita do AUTOR. Quer para fins comerciais ou não, a título gratuito ou oneroso, sem o prévio consentimento escrito do AUTOR.

O referido consentimento do AUTOR está, todavia, sempre condicionado  à referencia do nome do autor, por parte de todos os destinatários do SITE, o correspondente acordo que o AUTOR forneça para o efeito.

O AUTOR não será responsável pelas alterações ocorridas da informação contidas no site após autorização de utilização.

O SITE não pretende dar uma explicação exaustiva nem fazer uma análise definitiva e ou cronológica sobre a evolução da história de seguros no Mundo e em Portugal, tem apenas a visão do AUTOR, que após estudo exaustivo de anos, e consulta de várias obras e autores devidamente referenciados no SITE.

O AUTOR não assume qualquer responsabilidade em caso de discrepância entre a informação incluída no SITE e a informação de outros autores. O âmbito do SITE restringe-se apenas a aspectos relativos à História dos Seguros, e para a sua preparação foram tidos em conta enormes documentos e informações relacionados com temáticas. Todos os direitos de propriedade intelectual dos conteúdos, das páginas incluídas no SITE pertencem ao AUTOR e o destinatário não recebe nenhum direito sobre a titularidade da dita propriedade intelectual. O conteúdo é privado e está destinado ao uso apenas de consulta por parte do USUÁRIO e é proibido que o conteúdo seja reproduzido, distribuído, publicado, transformado ou difundido, total ou parcialmente, junto de terceiros, físicos ou jurídicos, públicos ou privados. Seja com fins comerciais ou não, a título gratuito ou oneroso, sem o prévio consentimento escrito do AUTOR.

© Copyright ® Luis Coelho Nascimento – 1998 – Todos Direitos Reservados – [Design] de Luis Coelho Nascimento. Todos os direitos reservados. Powered by Luis Coelho Nascimento

Em Construção. Volte mais tarde por favor.

Ultima atualização em  11 fevereiro de 2022

            Copyright© 1998 Luís Coelho do Nascimento.  All rights reserved.

Para me contatar basta seguir esta ligação:

luis.nascimento@historiadoseguro.com

Deixe um comentário